sexta-feira, outubro 14, 2011

Não me fodam, pá!

Continuo a gritar que somos um bando de fracos costumes, ovelhas, porcos e vacas que pastam em pastos verdejantes como diz o Sr. Silva. Levantamos os olhinhos do chão e quem nos olha vê um brilho de felicidade uma boa aventurança que o verde raquítico do pasto reflecte nas pupilas.
Ontem depois de mais uma comunicação por altifalante à manada, em que não por mero acaso estava de serviço, e sim passo a vida no serviço a digerir falsos profetas, e sim não levo nem lá perto o ordenado base para casa, esdrúxulos mal paridos e mal formados que a educação não advêm de quantos anos andámos a passear os livros debaixo dos braços, os comentários mal se fizeram esperar que para comentários e caganças somos nós os maiores. O governo assim o governo assado, o governo frito, o governo parido vomitado cagado, o governo ladrão aldrabão, oh Salazar anda cá abaixo ver isto, dantes é que era, dantes é que coiso, agora nem p’ras férias e brinquedos, alvoraçados/as entre gargalhadas, pão com manteiga e revistas de moda e receitas da Bimby, num cacarejar absurdo e meramente produtor de saliva …
Camus escreveu:
 Existe uma parte do homem que não tolera a humilhação e o empreendimento essencial da revolta consiste em «substituir o reino da graça pelo reino da justiça». A revolta denuncia o absurdo. Mas a revolta surge mais como posição de defesa do que de ataque. Perante o absurdo, que atitude tomar? Camus imagina três possibilidades: suicidar-se fisicamente, suicidar-se metafisicamente (como a mãe de Jacques) ou manter-se no absurdo. Rejeita as duas primeiras possibilidades. «É preciso viver no absurdo. Como? Instaurando a revolta, a liberdade, a paixão. A revolta é protesto».
A inconsciência colectiva anda a corroer-me a carcaça. As manadas destrambelhadas fazem mais estragos do que é de supor. Não quero de todo que se vistam de preto carregado, nem que solucem agarrados ou que deixem de postar mais uma etiqueta afirmativa em que meia dúzia de seguida clica em “gosto”. O que eu quero é que deixem de me falar em produtividade, motivação, contenção, bonomia, assertividade, bom senso e outras merdas que a minha avozinha fez questão de me ensinar em pequenina, e que não debito inconscientemente no dia-a-dia sem fundamentações efectivas, papagueadas sem nexo só porque sim.
Não admito é que mais de uma centena de filhos da puta que gerem este país, (que nós continuamos a eleger e a aplaudir) que nem sequer se atrapalham nos corredores do Ministério, porque nem lá metem os pés, que vivem à grande e à francesa venham com falinhas mansas atirar-me com patacoadas.
Se me foderem que me beijem antes, não me atirem mais terra para a cabeça…

A estadia Parte II



Prometeram-nos uma ambulância a sério. O médico rejubilou para murchar de seguida, a dita era na realidade uma carrinha moribunda que fazia as vezes de táxi, carrinho de compras e transporte semi-funerário, que ostentava uma garrafa de gaz na parte superior da maca (?) periclitantemente enrolada num cinto de segurança que já conhecera melhores dias…
 Logo após o marroquino ter retirado papéis, telemóvel topo de gama, e outros acessórios que não me recordo, cavalheiramente dispensaram-me o lugar do morto, arrancámos à velocidade furiosa de um supersónico gaguejante, enquanto o médico fixava dormente o CD brilhante que rodopiava pendurado no espelho retrovisor, agarrado miseravelmente à rede que o separava da cabine.
O arranque, a travagem, o ziguezague contínuo, as apitadelas de dois em dois metros, o vermelho psicadélico dos sinais deixados para trás, a rasante aos passeios de levantar túnicas, rodopiar os cirwal e os xador, o cheiro quente do coentro da canela e das especiarias, enquanto freneticamente procurava o cinto, e o maldito se ria enquanto atendia o telemóvel, fez-me soltar a verborreia em francês, quando me apercebi que o gajo deixava de olhar para a frente e espalhafatosamente exibia mais um ziguezague gritando: - n'ayez pas peur que je conduis bien, et nous n'avons pas ici l'utilisation des ceintures de sécurité !  
O rádio Blaupunkt continuava na sua lamuria em marroquino e, eu já zonza finquei os pés no fundo da “ambulância”em quase pânico. O hospital da zona é militar, portanto mandaram o sinistrado para um hotel, virado para o mar, do outro lado de uma rua imensa sem passadeiras visíveis, inundada de replicadores perfeitos do suposto “bombeiro, rapaz de entregas, mecânico, ajudante de cozinha, guia”, deixando-me do lado de cá, carregada com a maca dura desinsuflada nos braços a olhar bovinamente a rua pista-carrinho-de-choques, enquanto o marroquino do lado de lá, o gajo tem asas só pode, gesticulava frenético de canelas ao ar. Ainda não vos referi que a criatura ostenta um sorriso prazeiroso com dois dentes de oiro e três cáries, mas quando fala ao telemóvel não se nota porque é daqueles de abrir e metade está em cima da boca e eu não me lembro exactamente como passei para o outro lado. Adiante…
Já no hotel e numa salinha que continuava a olhar para o mar, estava o sinistrado com ar europeu ruborizado e dorido, de amena cavaqueira com o companheiro de viagem, sentado numa cadeira a beber chazinho que faz bem aos nervos e às três costelas partidas, a rebolar os olhos da seca que era agora a mota ter que ir de reboque até Portugal e coiso, veja lá que maçada, tínhamos já combinado ir até ao Congo, que maçada, trouxeram a ambulância? que sim dizia-lhe o médico de estetoscópio em punho. Pensei de imediato certificar-me se continuávamos a ter retretes turcas por ali, mas os preenchimentos burocráticos que um dos seguranças árabes com dois metros e cento e setenta e quatro quilos me passava firmemente um a um impediram-me, seguidos de um oh Sra. Enfermeira dê já ao sinistrado um Nolotil que isto dói de certeza puseram-me de imediato a rebolar também os olhos, que maçada, não conseguiram chegar ao Congo, que maçada, estou para ver onde é que o cabrão do marroquino vai enfiar a garrafa de gaz, que maçada…

terça-feira, outubro 11, 2011

A ida Parte I


Depois de ter percebido que não valia a pena ter-me vestido de branco virginal para fazer uma evacuação de transporte aéreo de um sinistrado de Marrocos para aqui, já era tarde. O médico apresentava-se de roupa género na volta como uma sandezinha de leitão na Mealhada e, apenas os pilotos mantinham a fachada da camisa branca com calças azuis e gravata. Quando a porta do avião se abriu no deserto que era a pista, e tudo o resto aliás, a onda de calor disparou insana para dentro dos pulmões e das córneas, deixando-me automaticamente cega e a arfar, transpirada até às cuecas como se tivesse vindo a pé do Bangladesh até ali. A pista salpicada de jipes militares velhíssimos, albergava árabes armados de metralhadora, que acenavam de uma maneira pirosa e nada reconfortante.
Quando consegui pensar algo do género, ai a minha vida, decidi que a partir dali qualquer protocolo estapafúrdio, que inclui-se fazer sempre uma vénia à fotografia do Rei pespegada no meio de flores e de tapetes nas 7.865 tendas que fui encontrando na jornada era para cumprir a preceito e sem desculpas de calor ou poeira ou moscas, que o rei está primeiro em tudo e pelo sim pelo não baixa outra vez a vista e faz um ar moribundo que assim pode ser que te safes.
A base do aeroporto, e aqui estou a ser fantasticamente benevolente, era uma espécie de alfandega pardieiro, com direito a usar um daqueles buracos no chão a que pomposamente chamam retretes Turcas capazes de tornar qualquer ímpio num ardente crente, ao acocorados de pernas em X desatar a pedir á virgem Maria para que num acesso de uma coisinha má a malta se tiver que cair, que seja de cabeça para a frente e não para trás naquele buraco que de repente se torna um olho gigante de ferrugem e de restos semi-secos de pasta a identificar noutras núpcias. Saio de mãos molhadas a pingar lentamente o chão enquanto o meu passaporte está a ser espiolhado até ao tutano, remirado e folheado com a religiosidade de um Corão, por detrás de uma barreira aquário de plástico e alumínio salpicado de cagadelas de moscas, fazendo um esgar que pretende assemelhar-se a um sorriso, o árabe responde-me na mesma moeda e depois de não sei quantas perguntas em francês muito contrariado devolve-me o dito. O médico nos entre tantos qual pilha eléctrica humana repetia sucessivamente em português que a gente não pode em circunstancia nenhuma ficar sem o passaporte, como se aquele quadrado fosse o bilhete mais directo de entrada no céu depois de levarmos um tiro na nuca. Nesta altura do campeonato já era eu que lhe dava facilmente um…

sexta-feira, outubro 07, 2011

Etiquetando

A raiva é um contratempo, uma forma de vazio que custa a engolir. Um sapo na garganta a espernear nas convenções moralistas. A raiva que já foi necessária para a sobrevivência do homem em tempos idos, agora é denegrida porque é irmã prima da inveja, da fúria, do rancor, do ódio e da crueldade.
Se sinto raiva? Sinto. Da pura da nua, dura e inapta, desenvolvida e manobrada ao longo do crescimento pouco harmonioso. Controlo-a em esforço, em arranques, nuns dias mais, nuns dias menos.
Tenho-a guardada em gavetinhas catalogadas. Teimamos em perder tempo estupidamente e, um dia acordamos e não reconhecemos a cara enrugada que nos olha de sobrancelha franzida. Por isso catalogo-as minuciosamente. As gavetas.
Dizem-me que a raiva é inútil, que se pode desmembrar em partículas que o vento leva. Que se cura, que se delega, que se perdoa. Esforço-me. Tento. Miséria das misérias, em vão. Quando acho que aprendi, tufa! Regressa brutal e agónica.
Se é o quero para a vida? Não. Adapto-me aceitando-a como filha, simplesmente.

quarta-feira, julho 20, 2011

Ela caminhava entre os carreiros da vinha, absorta e de olhos vagos, depenicando de vez em quando pequenas bagas de uva preta. Nem sequer limpava o pó e excrementos de insectos nas calças antes de as trincar insatisfeita. Uma, depois outra e outra e outra. Isso era dantes. 
Antes de se sentir morta por dentro.

Gerido o caos, agora orgulhosa da nova ordem estabelecida, porque voltou esta espécie de desordem emocional sufocante, a fera insatisfeita do instinto a mastigar-lhe insidiosa a pele da nuca, as gavetas novas e velhas da memória num frenesim de abre e fecha?
O que me andas tu a fazer cobardemente pela calada que eu não sei, mesmo sabendo?

sábado, maio 14, 2011

rama fresca e pé bichado

E que tal, escrever a história sem andar às voltas?
a verdadeira como quem não vai dar a ler sem arrazoados conscientes que te fecham?
e depois...se te apetecer guardas, ou deixas aparentemente esquecida na mesa da entrada.  Há sempre uma alma curiosa. Sabes que jamais poderemos sobreviver sem ego, super-ego e outros umbigos circunflexos. Sentimos-nos grandes ao compararmo-nos com alguém que nos parece inferior?
E é inferior porque é diferente?
É através da maledicência, mesquinhez, e pobreza de espírito que nos tornamos mais altos?
Enganar-me enquanto floreio o engano aos outros é, converter-me ao estado vegetativo da rama fresca e pé bichado.
A realidade não é ridícula! A utopia é que sim. Que se fantasie para adocicar ainda papo.
Mesclar lambuzadas de fodilhas com braguilhas, não.
Queremos parecer ilhas isoladas.
Ás vezes somos nós que isolamos as ilhas.
e nem sempre são as ilhas que nos isolam a nós...
Daí o outro senhor cantar que só estou bem aonde não estou.
Encaremos esta etapa como o Inverno, o tempo de ler cá dentro.
E façamos desta cerimónia do chá o tempo que dela quisermos.
A vitória faz-se de várias guerras, não é?
Por fim lambem-se feridas.
assim tomo-lhos o sabor, saboreio-lhes as células para as detectar, arranjo assim anti-corpos de borla.
Arranhá-las só provoca sangramento.
A exaustão, deriva do conhecimento do sabor e do cheiro.
Facilmente farejáveis ao longe, dá-te tempo de pegares na tábua,
e de lha enfiares no focinho.

sexta-feira, março 26, 2010

Eu sei quem é a Irena...

O meu avô era comunista. Sem ser ferrenho idolatrava a independência e a igualdade entre os povos, e religiosamente guardava no fundo de uma arca, livros e transcritos proibidos pelo regime salazarista. Educou-me de forma pouco ortodoxa. Ensinou-me a ver as pessoas como um todo e depois por partes, passiveis de compreender e de castigar quando o acaso exigisse. Fez questão de me contar o medo e a brutalidade da guerra, da mesma maneira como me mostrava a fragilidade da metamorfose da lagarta em borboleta.

Interessei-me quase patologicamente sobre relatos e series dementes sobre a bestialidade do ser humano, praticados durante a 2º guerra mundial. Eu era a heroína que salvava o mundo da intolerância.

É o nono email que recebo num curto espaço de tempo a perguntar se sabia quem era Irena Sendler.

Resposta:

- Sim sei há algum tempo, e relembro-me quando foi dada a notícia do seu falecimento em 12 de Maio de 2008.

Sim, leram bem. A dita morreu há quase dois anos. E não era alemã, era Polaca nascida na Polónia em 1910, uma completa desconhecida durante muitos anos para os polacos, que passaram a render-lhe homenagem a partir de 2007 altura em que o seu nome foi proposto ao prémio Nobel da Paz.

Fiquem também a saber que o” memorial israelita do Holocausto, o Yad Vashem, lhe entregou em 1965 o título de Justo entre Nações, destinado aos não judeus que salvaram judeu”.(Pesquisem na net que chegam lá)

Mais uma curiosidade acerca de Irena. Não era canalizadora, era assistente social antes da guerra e, trabalhava com “famílias judias pobres de Varsóvia, a primeira metrópole judia da Europa, onde viviam 400.000 dos 3,5 milhões de judeus de toda a Polônia”, em Varsóvia. E foi com a ajuda de bombeiros e de camiões de lixo, que as crianças eram retiradas do gueto e abrigadas em conventos ou entre famílias católicas. Fazia então parte do movimento de resistência Zegota, (Conselho de Ajuda aos Judeus).

Foi presa em 1943, torturada, presa e condenada á morte, sendo sido salva por um dos oficiais alemães contrário ao regime hitleriano. Viveu sobre identidade falsa até ao final da guerra, e continuou a trabalhar como supervisora de orfanatos e no seu país.

Por isso, meus caros, façam-me o seguinte carinho. Eu sei que a maioria gosta de correntes e reenvios de correio. Confesso que há alguns que me dão gozo reencaminhar, pela originalidade, pela imagem, pela estupidez ou apenas pela preguiça de escrever que ainda vos gosto, e mando-vos mais este email para saberem que ando por aqui e tal.

Mas destes, eu passo. Já tive a minha cota parte de horror, vivo ainda com uma grande parte dele, sei coisas a mais que não devia saber, e recuso-me a reencaminhar o passado. Lembrem-se que o cérebro guarda e encaixota e só se esquece se nós quisermos. Eu sei quem era a Irena, o Oskar Schindler, David Bankier, Andrée Peel, ou até tristemente Victor Capesius, apenas para citar um numero ínfimo .

E voçes sabem?

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Faz de conta que


Quem me conhece, sabe que esta época é considerada uma espécie de sequela ao filme "Abate ao inimigo público nº1 …a ganância", de nickname, Natal.
Porém, para quem gosta e faz por acreditar na fé e no próximo, vamos uma vez mais dar as barbatanas e, jurar pelas alminhas, que o próximo ano vai ser recheado de coisas enigmáticas e concretizáveis.

Festas felizes pelo corpinho e, que alguém vos acompanhe desde já.
Beijos e abraços e coisa e tal e bagos de uva! (já vai assim incluído o desejo da outra cena fantasiosa que se chama passagem do ano)

Desta vossa e ao dispor
J. P.

quarta-feira, setembro 16, 2009

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Eram três e meia da manha, e a madrugada fresca convidou-a para o ultimo cigarro antes de deitar. Tinha estado a matar a insónia vendo um filme lamechas, daqueles onde o amor acontece inesperado, embora não tão inesperado que nos filmes acontece sempre assim, depois de uma piscadela e de um copo de conhaque, que filme romântico mete sempre irlandeses altos e de lábios grossos enrolados num cachecol que roça os joelhos e serve para dar quatro voltas ao pescoço longo, e a gente fica de boca aberta a imaginar as voltas que a lã teve que dar e coisas assim absurdas, enquanto os lábios ficam mais rosados do frio, evidentemente, que há sempre neve e pegadas brancas e lareira a crepitar para nos aquecer o corpinho palpitante e o cachecol enrodilhado na nuca lá mais para o fim.
Apagado o cigarro, fez do telemóvel lanterna e devagar subiu os degraus para o quarto, atenta agora nas peúgas turcas que lhe sobravam quatro dedos para a frente fazendo-lhe um pé de barbatana de Beluga e já só se ria estupidamente que àquela hora qualquer merda já tem graça, ver-se de calções sorrateira e pés de meias turcas velhíssimas, aos toques no aparelho, para reactivar a luz desmaiada.
Despiu-se no hall e enfiou-se na cama evitando a zona central, que já range um bocadinho ao sentar, deixando que o calor macio e relaxante que vem do lençois aconchegue sorrateiro o seu corpo nu. Suspira, sorri e adormece plácida.

quinta-feira, junho 04, 2009

A humanidade não é uma ilha, dizem.
Eu digo que sim, acobertados pelos status quo, arrastamos insipidamente a carcaça com pressupostos adjectivados. De quando em vez esticamos o tentáculo para alimentar o estômago, o ego, a vaidade.
E temos pena, não piedade, daquele que se deita na calçada suplicante ao contorná-lo rapidamente.
A dor é pegajosa e imunda.
Ao chegar a casa uma vez mais percebemos que, a nossa pobreza não está nos zeros do cartão de crédito, mas sim no nosso triste espírito egocêntrico.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

A verdade da mentira

Chegou então a altura do cair do mito. Podia até ser das folhas, mas ainda não estamos nessa época gloriosa dos laranjas e dos amarelos e dos marmelos embora nestes últimos dias o cheiro pestilento que as ruas cá do burgo exalaram me tenham lembrado sem querer, o tempo em que na adolescência nos deliciávamos a partir uns frascos minúsculos de vidro na sala de filosofia. O cheiro nauseabundo de gazes putrefactos que provinham directamente de intestinos em decomposição era deveras estonteante e, as minhas poucas células cinzentas ainda em funcionamento ainda se riem alarveirosamente ao recordar o olhar esgazeado da velha professora, já completamente histérica, que achava que o melhor castigo era fechar-nos a todos lá dentro. Sai mais uma garrafinha de mau cheiro para a mesa da frente. Adiante.
Eis findo o prefácio das verdades e das mentiras.
Comecemos.
A nº 1 é mentira. Não foram 8 mas foram 5. E não contam as casas de férias. Essas para mim não são casas, são pequenos apeadeiros onde pernoitei, alugadas, que deixaram de existir há mais de três anos pois já sou chulada que chegue pelo governo anualmente.

A nº 2 é verdade. O meu pai era cangalheiro, encomendava sempre face to face os ditos de pau-santo-preto-ou do que quiserem, lá para os lados do Porto. Era habitualmente ao fim da tarde e a dois, que se iniciava a lendária odisseia das sete horas em estradas que não lembram ao diabo. E uma noite o Mercedes entrou debaixo de um camião que iniciou a curva em contra-mão. Três horas depois de alicates em chapa e angústias paternais, levaram-me para a unidade do São João com um traumatismo craniano -percebem agora decerto como está tudo interligado.

A nº 3 é mentira. A mais horrenda e agoniante mentira que já preguei. Odeio banana! Mas assim a odiar mesmo, pele de galinha, revolteio estomacal com saliva biliosa e tudo. E com laranja - que só marcha em forma de sumo - e bolacha misturada é, puro suicídio.

A 4 é verdade. Por mais macabro que o imaginem e sem nexo, a melhor forma de defesa depois de uma automática é uma que não faça barulho. Sou parte das estatísticas de violência doméstica, e tenho noites em que ainda acordo de salto pronta a zarpar.
Não há cura no silêncio e auto-suplício e eu, aprendi a defender-me.

A 5 é verdade. Uma das minhas cadelas ao cair de barriga em cima de uma Yuca, perfurou um intestino ficando parte do pico lá enfiado. O veterinário de urgência estava sozinho nesse sábado, e só me restou ser o seu ajudante -Isto é muito parecido ao que tu fazes. Ajuda-me por favor ou ela morre.

A 6 também é verdade. Embora me levante ao primeiro toque o horário está sempre na corda bamba. A malta mija e no entretanto vai lavando a dentuça. Um bocado buçal confesso.

A 7 é verdade. Estava a entrar de turno, ainda na estrada de terra junto à quinta onde morei. A vaca desde manhã que mostrava sinais de parto iminente, mas agora urrava e espumava deitada com uma das patas do vitelo de fora e, nada. Não entrei na cerca borrada de medo, mas a taquicardia quase me fazia vomitar. Sorte a minha deparar-me com uma vaca exausta e inteligente que me deixou enfiar a mão e o braço naquele canal viscoso e sanguinolento atar uma corda aos dois pés da cria, e de rabo no chão e pés descalços na ilharga da bicha ir puxando devagar a vitela que em honra da madrinha se começou a chamar Jonas. Não é propriamente a coisa mais bonita ter uma vaca com o meu nome, mas todas as tardes a minha filha mais nova me obrigava a parar na berma para ir oferecer de merenda malmequeres frescos, aos olhos castanhos com as pestanas mais bonitas que já vi na vida.

A 8 é verdade – gotinha, pá! Esta é para ti. Depois de mais um fim-de-semana em que o gajo não me entregava os putos, após uma espera de quatro horas pelo findar de mais uma reunião na porta do local onde o dito trabalhava, convulsionei. Foi interpelado, espremido e seguido. Posteriormente empurrado para um local recôndito. Ele e o carro - eis mais uma das vantagens de se ter um jeep. Na tentativa de sair do carro e telefonar para a irmã que cautelosamente escondia os putos na casa dela, foi encostado de vez ao muro. E sim Marie, nesse dia fumei o cigarrinho no tejadilho, enquanto rodava o telemóvel da criatura com a outra mão.
E depois, fui apanhar os putos depois de vários pontapés na porta da triste imbecil, e enche-los de mimos lá em casa.

A 9 é mentira. Tenho um humor insuportável ao acordar, não suporto barulho nem apertos, e detesto forçar as hormonas logo de manhã. Tenham dó.

sábado, fevereiro 21, 2009

Estás velha quando:

- Demoras mais tempo a arrancar os pelos do bigode e do queixo que de meia perna.
- Gemes durante cinco minutos com uma cãibra debaixo da omoplata esquerda, quando inicias um esboçar de levantamento de braços ao acordar.
- Os teus pés ao levantar lembram-te vagamente uns cepos enraizados até o óleo começar a fluir lentamente de volta ás articulações.
- A tinta do cabelo escorre traiçoeira pelos fios brancos ao fim de 3 semanas ao invés de te durar mês e meio.
- Começas a repetir dia sim, dia não, que as galinhas não comem raposas nem nos desenhos animados.
- Dás por ti a afastar mais do que ligeiramente escritos com letras a menos que 6
- Os teus soutiens favoritos, assentam muito melhor nas mamas da tua filha que nas tuas.
- A secura vaginal esporádica não era sequer uma hipótese remota à dez anos atrás- e não me venham falar de salivas e outras tretas que também lá hão-de chegar.
- Não tens as feições mais definidas como te fazem crer, tens é a pele a ceder perigosamente à força da gravidade.
- Semanalmente o teu último pensamento antes de dormir começa a ser, estou saturada de aturar gentalha de merda.
- Olhas para gajos com menos de trinta anos e dás contigo a pensar, tem mas é juízo que estes podiam ser teus filhos.
- Escreves estas patacoadas memorialistas e insípidas no dia de mais um ano que passou sem te lembrares bem…
tchim!...tchim!

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Nove fora três

A marie
desafiou-me para um meme que é assim como tirar a prova dos nove: digo nove coisas sobre mim e três - como não podia deixar de ser - são mentira.


Não vos falarei sobre as minhas acrobacias sexuais, mas exponho-vos nove banais afirmações.

1- Mudei de casa oito vezes, no espaço de dois anos.
2- Já estive em coma na unidade do São João no Porto.
3- Pelo-me por um pratinho de banana com laranja e bolachinhas.
4- Já dormi mais de dois anos com uma ponta e mola debaixo da almofada.
5- Já estive mais de duas horas com as entranhas de um cão nas mãos.
6- Costumo lavar os dentes de manhã sentada na sanita.
7- Já fiz um parto a uma vaca ás 15h da tarde, 40 graus à sombra e o vitelo a nascer de rabo.
8- O último gajo com que andei à mocada, esteve entalado entre um muro e o Jeep mais de um quarto de hora, enquanto eu fumava um cigarrito no tejadilho.
9- A minha hora do sexo é de manhãzinha enquanto os pardais estão meio pitosgas.

E agora, tenho que arranjar mais nove vitimas para entalar.
And the nominated are:
Jakim
Renascido
Soslayo
Divas
Charquinho
Claire
Bastet (embora ande escondida debaixo da cama)
AmeixaClaudia
Raim (pode ser com bonecos ;))

E os nomeados se só lerem isto daqui a um mês ou não chegarem a ler, não se chateiem, que eu, também não!

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

ahahahahahahahahahahah....ai que me engasgo!




You're a Tuna!

While most people consider you to be tiny, you're actually quite
large. You like to run around in large groups, but other large groups have spent
endless time and energy trying to track you down. It seems that all that has come
of this is a great deal of peril for you and collateral damage for those around
you. All this drama and emotion leaves you a bit crazy and paranoid. So much so
that you ceaselessly seem to have a song about bumblebees stuck in your
head...



Take the Animal Quiz
at the Blue Pyramid.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Agarre-o quem quiser

Há um qualquer chavão que se foi pirogravando ao longo do tempo que diz, para se ter a vida preenchida um homem terá que escrever um livro, ter um filho e subir a uma montanha – ou algo do género independentemente da prioridade que o próprio assuma. E sim, estais á vontade para me relembrar quem foi a celebre criatura que o proferiu, embora não faça parte da lista das minhas prioridades dado que as minhas insónias já estão a transbordar de novelas desde que me lembro.
Assim a seco não lhe acho grande lógica ou satisfação absoluta. Afinal, tem aparecido gente muito contentinha e realizada na sua vidinha, sem ter filhos ou apetrechos de escalada e onde 60% dos seus escritos se resumem a assinaturas em cheques, ou por cima de carimbos nos rodapés de folhas A4 e, não conta passarem de avião por cima das Cordilheiras com destino ao vale de Catmandu
Eu até já tive dois, filhos, claro. Já subi a várias montanhas e serras, algumas a pé e outras de mota, sem arnês, chaves estrelas bloqueadores cordas e grampos, e embora os Sherpas ainda coabitem no meu imaginário, é melhor deixar-me de idiotices que nuvens a mais tenho eu a 1,65mt, e a seguradora não me subsidia fantasias heróicas. Mas temos pena confesso.
Quanto ao livro, isso já é outra história. Já tem muitos anos e as páginas amareladas do bafio, o Livro em Branco que me ofereceram num carnaval algures. Não façam esse esgar que era mesmo assim que se chamava, capa branca com letras pretas lustrosas, restando a tarefa aos legítimos proprietários enche-lo com o que mais lhe aprouvesse. Deve ter no máximo umas 30 folhas de letra miudinha corrida a fugir ligeiramente para a esquerda – qualquer grafologista vos traçará o perfil psicológico – e continua pacatamente a amarelecer na mala de verga dentro do roupeiro. A era digital tem destas minudezas.
Ora bem, a minha falta de sei lá quê não me tem dado a mestria para escrever nem que seja um livro de bolso, embora nos últimos tempos tenha rabiscado umas balelas por aqui. Há algum tempo atrás a Maria Árvore, mandou-me um link do Portal Lisboa onde se publicitava a colheita de três poemas para compilação e consequente publicação de trinta novos poetas contemporâneos. Embora tenha pensado que a Maritree andava a fumar umas merdas estranhas, enviei os ditos e sentei-me. E é por isso que agora vos publicito para que não digam que és sempre a mesma merda e nunca dizes nada:

E a vida continua que os direitos de autor são todos para a Fundação Santo António Maria Claret, e embora sejam apenas 3 páginas e os Sherpas continuem lá longe, cada um dá o que vai conseguindo.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Reciclagem


Não opino. A verdade absoluta é que ando sem opiniões. E eu que era tão opiniosa.
O cérebro ultimamente colapsou e filtra-as como spams, palavras insidiosas que nos tolhem o silêncio. Eu limito-me a ouvir, quando oiço. Ás vezes faço de conta que oiço e fixo-os para lá de lá do que está por detrás da boca que se move em esgares. É estranho deixar de ouvir de repente e só ver as bochechas os olhos a ruga do nariz e da testa para cima e para baixo, e a boca a torcer-se à toa e muda. Ou será muda porque não a oiço? Tornei-me surda e ingrata?
Rabisco muito. Traços e tracinhos e sombras por debaixo e eu a deixar que falem sempre, muito e alto. Falam demasiadamente alto, a crista lateralizada e a pena do rabo projectada para o espaço carregado de iões de raiva e frustrações. Rabisco por hora naquele canto de papel que se torna gordo de tinta azul. A inchar. Eu, a abrir e a fechar gavetas emocionais ao ritmo das bocas mudas a um ritmo desconcertante.
Já volto. Tenho a lixeira cheia e vou lá fora fumar.

terça-feira, janeiro 20, 2009

It

Mãos que se soltam vibráteis,
deslizam sonhos de névoa etérea nos montes brancos dos teus seios,
e eu olho-te no entremeio a guardar acocorado este lugar.
Urgem-me fogos-fátuos dispersos,
centelhas cavalgadas na aragem da noite,
a aguardar que a cobiça fique morna,
a latejar.
sempre a latejar.
E ao ver-te assim espuma,
eu que vim da terra à água hei-de voltar.

terça-feira, dezembro 30, 2008

Reload

Tenho uma cena neste blog que rastreia. Não doenças, mas palavras-chaves que me levam a pensar nas doenças dos outros. Lá para baixo à long time listei algumas que ao pé destas são a mais pura crendice.
Ora vejamos:
- Remédio de Coina não é aqui é ali, que eu também a tenho mas já não a fotografo -esteticamente a coisa piorou.
- Lisaspin para que serve. Não é para gargarejos nem para lavar a a Coina, isso garanto.
- Unhas Emo. Pois lamentamos mas para esse peditório já dei, a coisa evoluiu para vermelho boi a castanho camurça.
-Chupa vagina. Cá em casa costumam-ma lamber, mas sempre pode experimentar a variante de usar uma palhinha.
- Imagens de palhinha mais cerveja. Dado que a vagina vai secando e o tempo está quente, mudaram-se decerto para uma bebida mais popularucha e fresca.
- Penetra murcho. Esta veio directamente da Thailand, e nem é gozo nem nada, mas deve ter feito muita impressão a alguém além de lhe deixar os olhos em bico como é que se consegue uma manobra desta sem o gajo sem enroscar todo na entrada.
- Vagina. Do Brasil continua a senda mitológica de, onde pára essa rapariga procurada mais de trinta vezes em quatro dias.
- Escara sangrando. A minha. Juro. Esta merda dói-me sempre e para sempre.
- Útero bicórneo. O meu é retrocelo mas tem os dois canais de Müller completamente fundidos, temos pena.
-Jardineira de granito. Eu tive umas de ganga não sei se conta. As cá de casa são de madeira de pinho. A malta é pobre.
- Vídeo. Há bastante tempo que não participo num, o que me leva a concluir contrariada que o amor que ele nutre pela natureza é bastante superior ao que resta de mim.
- Bico. Do gás? Do pássaro? Da galinha? Da vizinha que o faz ao vizinho? Eu ainda os faço, mas não filmo nem mostro. Conta?
- Ene. Se procuravam pela escola nacional de equitação, enganaram-se na baia. Ou se foram pelo projecto empreender na escola, eu já dei para esse peditório, não qualifico ninguém, mas também ninguém me qualifica a mim. Era o que mais faltava agora.
Ainda ponho a remota hipótese de procurarem uma empresa de interesse público, de grande dimensão, dotada de personalidade jurídica e de autonomia de gestão administrativa, financeira e patrimonial. Lamento, mas embora muito orgânicos temos sempre a para sempre o fisco à porta, e de autónomos de momento temos tão pouco que até dá vontade de chorar.
-Bico grande do peito em vídeo. Por amor da santa rapaz, já está na altura de te deixares dessa merda. Pede à namorada que te mostre ou come antes uma pecinha de fruta.
-Jovens driblando a3. Assim escrito. A seco e tudo junto sem remorsos. Era nestas alturas que eu pertencia a uma organização de pesquisa altamente qualificada de criaturas taradas e perversas e na calada da noite as sequestrava e empalava lentamente. Assim, também a seco e sem remorsos.

E depois de mais um ano glorioso onde a raça que costumam chamar de humanos foi capaz de confirmar aquela verdade tão merecida de que a estupidez humana não tem limites, faço-vos adeus daqui deste sofá onde me encontro, com os dois pézinhos quentinhos nas meias, debicando serenamente com o indicador direito as teclas enquanto aqueço a mão esquerda numa chávena fumegante de café. A marca? Kona from the big island of hawaii. E não é treta. Ter amigos que moram lá sem perceber um boi de português, e que nos visitam amorosamente com um recuerdo é no que dá. Ainda me rio convulsivamente só de me lembrar.
E bom ano de 2009, claro.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

A lata do caralho que certas gajas têm ao plagiar de forma merdosa os outros!



Então a Voz andou a ser copiada. Para não variar muito nem dei conta que sou um bocado torpe e sem tempo, mas logo hoje que o destino assim o quis vai de ler comentários por aí, e seguindo a sugestão de um link onde hipoteticamente a gente até descobre se um texto já foi ou não publicado, dou de caras com um blog de seu nome http://contradois.blogspot.com/.

Ora quis o destino brincalhão pôr-me de frente com um textozinho parcialmente deturpado, uma cópia rasca e manhosa, a ver se não chove e coiso.

Eu não sou contra a gente ir buscar em dia não imaginação fora , mas a humildade e não a humidade é uma coisa que nos fica bem e, dado que o plágio é uma coisa horrível e que desvirtualiza o cenário, devemos sempre colocar a fonte o poço ou o charco de onde fomos buscar letras e palavras para não nos cagarmos de merda até aos olhos.

Ora bem. Quero eu dizer que a coisa teria corrido bem e sem percalços se entretanto hoje não me desse para o estupor pós prandial.

Mais estranho ainda é, começar por dizer que é resposta dada a um dos que por ali passa a mandar bitaites -e eu caia aqui já ceguinha se não é verdade que me dei ao desplante de lhe dedilhar mês por mês o blog- e ter dado conta que a pobre alma tem a caixa de comentários a nulos no blogue todo. Deixei-lhe um comentário assim a modos que raivoso, e confesso malevolamente a vontade de lhe dar com uma tábua nos cornos.
( ah que interessante!!
ainda bem que gostou do que escrevi, e decidiu copiar/plagiar o que escrevi lá na tasca.
serve apenas este comentário para informar que lhe vou tratar da saúde.
e já agora, se não tem imaginação para que posta??
(ele há com cada merda ao virar da esquina...)
Veja lá se tem a decência de dizer onde vai ver beber água à fonte!)
Podia ter escrito mais mas a ira que me acossa já nem me deixa pestanejar.
Eu sei que estamos em época santa, mas não era com os sapatos que eu lhe atirava, e pelo sim pelo não ao contrário do que pensais não me lavei por baixo, mas enchi até ás bordas dois baldes de 25l cheios de merda para o quer e vier.
E são de lata, já agora, é "assim a vida".

E fica aqui escarrapachado o que a rapariga da imaginação fértil postou.

16 Dezembro 2008
>||| PENSAR COMO OS OUTROS QUEREM É QUE NÃO!...
Um daqueles que passa por aqui e de quando em vez manda uns bitaites, mandou-me agora um recado a dizer que, embora na maioria das vezes eu opte pela brutalidade nos comentários, ainda gosta de mim e de me ler. Muito obrigado!
Fiquei-me a sorrir, até porque sei quem é, e levei algum tempo a responder. Fui-me lembrando do que me têm acusado nestes últimos anos, desde lacónica a bruta vale tudo.
Não me surpreende. A sinceridade como te respondi, ás vezes é brutal e tem os seus efeitos colaterais e o meu forte nunca foi a utilização sistemática e redundante de paninhos quentes.
Os tempos tornaram-me mais prática e tanto vale estar a desinstalar um software qualquer que ande por aqui a mais enquanto e no entretanto lavo a casa de banho e o escritório, como te digo a ti ou a outros que se deixem de lamúrias e falsos artifícios moderadores que no fim a porcaria descobre-se toda e depois ninguém gosta. É assim, a vida!
Publicada por CONTRA D´OIS em 23:33

O post denunciado por plágio já foi modificado. Encontra-se agora substituído por um anuncio; o espaço de mais música no centro social da Arcor, com o Concerto de Natal da Tuna.
O comentário também foi apagado( mensagem foi removida por um administrador do blogue). A chatice é que ficam sempre vestígios a dizer da sua anterior existência. Está lá outro à espera do delete e que diz:


18 Dezembro, 2008 18:18.
Blogger jp disse...

é pena meu caro que na falta de tomates tenha apagado o comentário que lhe deixei
e lamentavelmente , das duas uma, ou é um perfeito anormal e já não sabe o que posta e de quem copia, ou é um reles aldrabão com desculpas de mau pagador
e trocar um poste por um outro de tunas é do mais ridículo que há
foi pena eu ter copiado todo o seu blogue para ter provas da palhaçada em que se meteu
tenha juizo.
18 Dezembro, 2008 20:13


O mais espantoso é o que escrevem em forma de p.s.

"Isto da net não é o que melhor conheçamos e, sem sabermos porquê, apareceu-nos aqui chuva de fora. Tem razão JP, que não conhecemos, mas confessadamente nem nós tínhamos dado por aquilo que nos aponta. Mas também precisava de exagerar, só fomos apanhados numa curva em condução que não fizemos mas nos chegou do exterior. O que aqui quisemos por foi o que acima está sobre a Tuna."
Alerta ao publico. Os postes sofrem de uma espécie viral a identificar que se transmite adoc de blog em blog. A inspecção sanitária já tomou nota da ocorrência.
Está comprovado. Os Aliens existem, e eu acredito no Pai Natal!

Agora o meu p.s.
-Ide apanhar no cu!

quarta-feira, novembro 19, 2008

4

Ando nisto há quatro anos e não me lembrei nem mo lembraram a ausência tem destas coisas, e as coisas são resultado de conversas e balelas e tu não ouviste dizer?
Quero e preciso de conversas daquelas em que o tempo passava morno por nós e estávamos para ali refastelados por onde calhava a retalhar coisas que nos moíam e corroíam e faziam bater depressa os sentidos, emoções faladas em olhos brilhantes contentes com lágrimas, conversas sussurradas e bradadas e soslaios contemplativos no nada e no céu e nas ervas e nas formigas e olha aquela nuvem parece mesmo um koala a mastigar!
A distancia. A morte que tudo nos leva, a cave a chamar por mim em tempo frio e as minhas mãos bocados de tintas coladas nas telas em silêncio. Sempre em silêncio.
E a gente ás vezes dá em atrofiar um bocadinho...
Tenho saudades de conversas idiotas e de me refastelar por aí.

adenda
a Maritree lembrou-se!! e deixou-me 4 palhaços no WC, e eu ando tão cheia de ramelas que os devo ter utilizado para as lavar e nem percebi...
Ah! Gandamarie são uns toalheiros fabulásticos!!