segunda-feira, janeiro 23, 2006

Domingo eleito

A vegetação rasteira fustigava-lhe as pernas, colando-se aos pelos em cheiro terroso. Aumentou a passada, respirou profundamente, aglutinando o ar em coisa rarefeita, tornando-lhe os alvéolos gritantes até lhe deixar os olhos secos em meia posição de persiana.
Tropeçou e caiu de borco numa composição inumana e, deixou-se estar assim por um tempo que deixou de perseguir. Era-lhe indiferente agora, que tinha baixo quase todas as interferências mentais e, ficou de costas inerte depois da meia volta lenta sobre si.
No fundo do olho rios brancos de espuma volteavam libertos no azul.
E por ali ficou de mãos geladas como o mar de Norte, absorto.

4 comentários:

  1. pois...
    como tudo na vida,ora s'adensa, ora s'esfuma...

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  2. Dias de canto negro... dias sem canto, na maior parte das vezes... dias de merda...

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  3. é mesmo palavrinhas, e hoje foi uma dessas noites de merda, que os meus dias ás vezes são noites, onde a miséria humana nos faz gostar de tropeçar nos próprios pés.

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  4. Cic_lista,daqui Roger.
    Cambio
    ;-)

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