sábado, novembro 12, 2005

Nocturnos


Tecla-me devagar como um suspiro, desbota-me as cores deste teclado, em dedos finos vibráteis mas seguros.
Amarinha-me o vestido que te subo em pele branca, batuta maestrina delicada, e repousa no teclado que te ofereço, neste banco tripé que se diz alma.

E depois
recorda-lhe som melodia a esta arquejante traviata.
Ouves-me?
A madeira do piano está tão fria e, lá fora já dorme a cotovia.

Foto de autor desconhecido

7 comentários:

  1. JP, desbota-me até corar/ até a pele branca avermelhar/nesta alma indelével a suspirar/até que a cotovia possa acordar. Lindo o seu poema. Beijinhos.

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  2. JP, não tive outra alternativa senão apagar os soslayo. Agora se puderes vir ao meu novo canto é:http://mategoinmente.blogspot.com/. Beijinhos.

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  3. JP. que silêncio ensurdecedor! Me apavora tamanho silêncio...

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  4. Quanta sensualidade e quanta beleza nestas palavras muito bem escritas!

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  5. Que belas pernas JP. tenho que voltar a colocar as minhas em forma, senão não há pianista que me aguente!

    Olha o teu texto está divinal!

    Só tenho pena de não ter-te conhecido em Aveiro!

    Um beijinho muito grande!


    CSD

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  6. OH AmeixaClaudia, havemos de nos encontrar. Se não for em Aveiro, outro sitio virá.
    Obrigado pelas palavras
    Beijinho grande também

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  7. Mal posso esperar para tal!

    Bjo

    CSd

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