E ainda de mão dada, disseste-me o quanto era feio atirar fisgadas aos meninos lá de fora das muralhas, e aos figos.
Murmurei-te, que não gostava nem de uns nem de outros.
A mão apertou ligeiramente, e falaste-me da alma das pessoas, das árvores, dos pássaros, e do resto das coisas que tanto amavas, e do calor do dia que se punha.
- Os figos não têm alma. Respondi-te baixinho, não fosse o caso de estarem acordados.
E no dia seguinte quando passei pela figueira centenária, passei-lhe a mão pequena de mansinho, atabalhoando-lhe um desculpa sim? e fugi envergonhada.