Crepúsculo findo, brumas sonolentas sinuosas e já a rainha cega penteia longas e ralas tranças brancas, enquanto se embala imperceptivelmente ao som dos teares que queixosos lamuriam os restos frios da escuridão. As vozes roucas dos gansos estremunham as cotovias piscas de olhar orvalhado e, o cão cansado de pernoitar pelos arganazes procura o sol que tímido se espraia acariciando a calçada.
No som do eclodir das sementes deixo-me dormente ficar só mais um bocadinho sorrindo aprazivelmente ao choro fraco da Primavera.
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