Detesto esta segunda pele em neoprene que me tolhe os movimentos em terra, a mescla de cheiros que emite a quente quando a arfar sufocada me enfio neste saco meio embrionário. Os dez mergulhos resultaram num tique chato que me faz não vestir decotes justos ao pescoço sem que não esteja inconscientemente a alargar o padrão.
Este é o lado negro da cena.
O lado de lá cenário de um azul imenso do outro take, é para onde me deito de pés ou de costas, a inspirar ar engarrafado ou a morder um tubo fálico que aspira o ar à superfície.
Questão de tempos.
Como o tempo que demoro a deixar que o mar me funda contra o vazio que me acena.
Escorrego devagar até uma das bases e borbulho já calma no principio silencioso. E é ali, lá, aqui ou acolá, que me deixo envolver já neutra no líquido amniótico, enquanto a mescla profusa de seres com barbatanas rodopia e me cumprimenta em estranhas danças de salão.
Lindo à vista será, mas alguém tão capaz de erguer toda a terra como tu tem de se sentir desconfortável num útero oceânico. ;)
ResponderEliminarAh, mas até a criatura mais feroz gosta de ser embalada.
ResponderEliminarE a água,limpa ,purifica e nutre.
E eu Marietree, ando sempre com poeira a mais.
;)
Um trajo para cada ocasião. Talvez a vida venha mesmo da água. Talvez o contrário de subir não seja descer... Assim também eu pintava... ;)*
ResponderEliminar:)
ResponderEliminaro trajo não faz o monge, mas neste caso o trajo faz-nos pensar na efemeridade de tudo. E quem não acreditar que a vida não vem da água, pelo menos fica a acreditar que o pensamento vem de lá.
Ah! e o contrário de subir não é descer, é acima!
Eu levo-te lá ikivuku, e à noite empresto-te uma tela.
;)*
Já não passavas sem esses mergulhos, não é? Apesar do lado menos azul, há sempre esse outro azul à tua espera :)
ResponderEliminarAi Hipatialudovina, que saudades tinha!
ResponderEliminarE que bondade aquele azul deixar-me entrar...
ai...ai...
:)*