Há quem se mate para os ter e quem se mate para os não ter.
Há quem se mate para matar os dos outros e quem mate os dos outros, independentemente do tamanho, da cor da raça ou do credo, amado ou odiado, querendo ou não morrer, aguardando as leis da natureza ou tomando poses de rei demenciado e iluminado. A todo o instante se mata e se morre, com razões que a própria razão desconhece, lá dizia o outro.
Biologicamente, somos os maiores predadores do planeta. Diariamente esgrimimos a maior profusão de argumentos mais ou menos lógicos, para justificar o parasitismo. Dominamos, pervertemos, aniquilamos, semeamos e repartimos conforme as vontades de cada poder. Instituímos e moderamos bolas de neve que ás escuras moldámos egoisticamente. Forjamos direitos e deveres sem praticidade, pois, cada um é portador de um cérebro com interfaces diferentes.
Perdeu-se em nenhures o respeito pela individualidade e capacidade de decisão. Fomentam-se revoltas de liberdade, cômpitos amaneirados gerados para confundir.
Somos demasiados com passados perturbadores, imbuídos de culpas que nos forjaram desde a nascença. A nossa diferença está na inteligência? Naquela que nos usurpam metodicamente, em reivindicações demasiado batidas? Ou na capacidade de seguir ordens por medos? Tornaram-nos donos e senhores de nós próprios para auto recriação, ou apenas não sabemos e ou não merecemos essa parte privada e una?
Só se sente a falta quando não se tem e apenas só quando se teve. Sem ter tido desconhecesse-se a falta, e torna-se completamente despropositado aderir a causas sem sequer termos capacidade de moderar as nossas.
É mais confortável viver a vida de outrem. A nossa, é comezinha cheia de achaques e não tem gracinha nenhuma.
"Biologicamente, somos os maiores predadores do planeta" - curioso como somos, inclusivamente, o nossos próprio carrasco!
ResponderEliminarMesmo agora estava a olhar ali para a galinha da vizinha!! :)
ResponderEliminarClaro que sim patioba. Quem é que das outras especies tem a prosápia de se considerar deusinho?
ResponderEliminarDe certeza que essa gaja tem um conteudo de papo bem mais interessante que a tua, gasel.
ResponderEliminar;)
Somos uma praga a tantos níveis que nem se chega a perceber como é que a Terra ainda nos sobrevive, apesar de tudo.
ResponderEliminarE, sim, é muito mais fácil dar palpites sobre o outro; olhar com olhos de ver para o espelho sempre foi um exercício difícil.
gostei muito da comparação entre o nosso subconsciente colectivo e a rã, no filme "uma verdade inconveniente" sobre o Al Gore e o aquecimento global. Jinhos JP. :)
ResponderEliminarè sempre difícil avaliarmo-nos a nós mesmos com objectividade, principalmente porque para observarmos o nosso próprio rosto precisamos de recorrer a um espelho, que só nos dá a ver o rosto que é nosso simétrico.
ResponderEliminarNo aspecto emocional é como se observássemos um gigantesco puzzle montado com um lupa.
Nós somos o mosquito que está dentro da lupa.
Assim como podemos nós olhar todas as peças em simultâneo e ter a percepção global do desenho?
Beijos
CSD
Olá Jaquelina! É a velha história de só se sentir como é bom respirar quando se tem o nariz entupido... mas aqui tanto cabe o direito a respirar como o direito ao desobstrutor nasal... :)****
ResponderEliminarbeijos da bigodaças
Ludovina, a terra sobrevive-nos já agonizante...
ResponderEliminarQuanto ao espelho basta lavar melhor as ramelas ;o)
Concordo Bagaço. A nossa viscosidade é uma coisa espantosa
Beijinhos
A percepão total do desenho, é-nos dada, quando por fim temos o puzzle quase completo Cláudia.
O problema fundamental consiste na parca tentativa de não tentar mexer as peças,por puro fazer de conts que nem estão lá.
beijos
Pois é Bigodes. Estas malditas gripes e corizas
:o)***