Lembrete: faltar sempre ás reuniões de serviço.

Vinda de uma reunião de serviço, em horas que eu e os outros lhe dispensáramos, com uma raiva impoluta difícil de sustentar e ou disfarçar, bati com a porta e saí malcriadamente (reconheço-o), a espumar literalmente em sobrecarga adrenalinica, para a qual nunca estou devidamente preparada, porque horas antes juro sempre a mim mesma que não me vou chatear puto. Quase sem dar conta transformei-me num monstro devorador de almas, debatendo-me em vão por uma politica de igualdade, frontalidade e igualdade de oportunidades que só existe nos papeis, a olhar em espanto para pessoas que me vão abanando a cabeça em variadíssimas versões, que me teleportam aos cães de plástico que outrora foram moda nas chapeleiras das viaturas.
É-me de todo impossível, ser conivente com peneiras que tapam buracos, com discussões filosóficas sobre o que deveria ser feito, mas que se delega por sistema a terceiros, na esperança vã dos nossos brandos costumes no milagre da Nossa Senhora da Boa hora.
Os meus parcos conhecimentos de arquitectura, ensinaram-me que iniciar a construção de uma casa pelo telhado, dá sempre merda, e que as bases de sustentação feitas de irrealidades, se transformam em escolhos na maioria das vezes difíceis de remover.
Jamais serei Maria vai com todos, a minha capacidade de liderança passará sempre pela confrontação de ideias, ideais e outros que tais, a minha noção de liberdade faz parte do meu código genético, e abjuro manadas, matilhas ou varas.
A fraude da política hospitalar, tem o condão de me transformar numa sanita vomitório, e espero do fundo do coração que morram todos longe!