A chuva lá fora fosca, inquieta-me os sentidos. Involuo uterinamente no edredão, ouvido à escuta de formas de pensamento, só o respingar do beirado se anuncia. Catalogo ideias hierarquicamente, por ordem cronológica e de lógica, aquela que nem sempre é a tua eu sei, mas não me rejo pela tua batuta, a música ainda é minha, e hoje quero o silêncio que não vem.
Mais uma volta lá debaixo.
E outra.
Abro agora a gaveta do passado, para me situar no presente. Vasculho exasperadamente folha a folha, até transpirar de saturação.
Lembrar-me-ei depois de cravar um post-it neste lado do cérebro, a lembrar que mexer na merda faz a dita cheirar pior.
Nem quero saber se há seca, preciso que me calem a chuva.
"Lembrar-me-ei depois de cravar um post-it neste lado do cérebro"
ResponderEliminar5 estrelas essa tua saturação de chuva. chuva molha toldos do cérebro.:)
atormentada
ResponderEliminaré como se vivesses a tua própria angústia
deveriamos aceitar isto, como forma de desabafo
ou ficariamos apenas com a forma
o rasgo poético
o traço?
(a mim cansam-me os lugares comuns! vestidos de domingo, d'acompanhamento... d'ir ao casamento)
Cada um veste a casaca conforme o dia da semana. Ao "Domingo"( isso é o quê, o domingo?) é quando me visto pior ;-)
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