terça-feira, janeiro 03, 2006




















Como quase toda a gente, ás vezes sonho a cores e outras a preto e branco. Mais vezes ainda, sonho em cinzentos com pormenores ponteados de cores ricas aveludadas, onde quase sempre passo a mão para as sentir.
Há uns anos comentar-me-ia a minha avó, que eu sou como os espanhóis, vejo com as mãos.

(Ás vezes sinto muito a falta dela…)

Hoje estive num desses sonhos cinzentos, meio encoberta pelo cortinado pesado de veludo , tecido de toque frio imediato mas que nos faz lá deixar o tacto.
E o olfacto que se apura à procura do cheiro daquela cor? Da cor escarlate dos sonhos, nas trevas onde supostamente reflectimos do dia ou da noite, ou dos sonhos dirás tu.

Acariciando-o lascivamente, sussurrei pausadamente a alguém cuja sombra se estendia preguiçosa nas tábuas do soalho:
- A vida é de cada um, e cada um é da vida.
Ainda não percebo porque o disse e a quem o disse.
Mas esta noite vou à procura outra vez, assim eu encontre o cortinado de novo.

Imagem dali

4 comentários:

  1. Será a única relação totalmente recíproca? ;)

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  2. É-nos sempre dada a oportunidade, de admitir que nos enganámos.
    ;-)

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  3. Janeca, queres que vá jogar ao teu casino on-line? Ok, percebo que estás farta de dar picas ao povo :)

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  4. Juro que não tenho nada com isto das janelas de casinos e sei lá mais o quê, que vos anda a incomodar de cada vez que clicam no blogue.
    Alguêm me sabe dizer como acabar com esta invasão?
    Please, please!

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