Raros são os dias em que não me perturbo por quase tudo e quase nada, em que não consigo passar pela vida como se não me pertencesse, ao engolir a bola de cuspo que se forma no inicio da garganta, em tentativa de empurra lá aquela azia incomoda que sai em borbotões de jardins mal engolidos, uma espécie de frenesim mal disfarçado, gestos mecânicos diários de limpa, lava, arruma, torna a limpar e tudo está desarrumado.

Na melhor das hipóteses estou descrita compulsivamente nos parâmetros de qualquer métrica freudiana, mas nem sequer me chateio muito, que o truque é convencer os outros, que até conseguimos ser meio normaloides em forma de toma diária tipo 12/12 horas.

Já deu para perceber decerto, que isto hoje está do melhor.
Tenho que perder o hábito de me passear pelos regos junto aos passeios.