domingo, novembro 27, 2005
Meias de seda
Sentada entre as trepadeiras do último piso, inalou pensativa o cigarro. Colou com cuspo a falha de pele do tacão direito, e endireitou de um só gesto a meia de seda transparente. Não se preocupou em tapar as coxas magras, quando o impacto da porta do terraço ao fechar, fez estremecer o som frio do mármore lavado à mão. Pousou no chão o copo beberricado, e calmamente elevou-se sobre o varão escorregadio.
Na mão amarrotado o último cigarro.
Reconhecido o fim, abriu os braços e deixou-se cair despudoradamente.
Foto de Vicente Marianito
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Feminina até ao fim?
ResponderEliminarE sempre :-)
ResponderEliminarai esta tentação do abismo. bom para começar a semana!!! :)
ResponderEliminarmas sim aos pormenores de coqueterie deliciosamente desprendidos.
E com esta já matámos duas ! Para início de semana, a coisa começa colorida ... :)
ResponderEliminaroh Carlos, um de nós tem que parar com aqueles cogumelos :p
ResponderEliminarA tua também não levou para-quedas?
muito bem
ResponderEliminargosto
se fizesses sempre assim, aquem do kitsch, dava-te os beijos de quem gostasses
JP, pra quê tapar as coxas magras, se tão belas são. Pois de falha na pele já basta o direito tacão. Beijinho
ResponderEliminarMas que é que quer morrer com uma pernas assim...?
ResponderEliminarOOps! Esqueci-me: a Marilyn Monroe, a divina Romy Schneider, entre outras...
Porque insiste a Felicidade em divorciar-se da Beleza?
Inventaremos um provérbio tipo, a beleza não dá felicidade??
ResponderEliminarJa acordei....! :)
ResponderEliminarEntão bom dia Pedro :-)
ResponderEliminarLinda é esta fotomontagem( é assim que se diz?) que o Vicente fez.
ResponderEliminar"Roubei-lha" há já algum tempo, e não resisti a dar-lhe uma roupagem de palavras.
Obrigado pela visita, e pela amabilidade em me a deixar usar.
:-)