terça-feira, julho 19, 2005

As férias passaram céleres como é habitual.

A história do lavadouro público, teve o final não esperado pelos opositores.
Discutia-se pela 6ª vez quem era afinal o verdadeiro arguido. Decidiu o tribunal que afinal era ele, após 4 anos de medicinas legais, inquéritos judiciais e outros que tais.
Tudo tão caricato e ridículo, tão surpreendentemente torpe, que ainda agora o sinto como uma forma de sonambulismo rasca.

Parte do tempo procurei lembrar-me do lado bom da cena, mas a azia é uma força poderosa.
Quando a sentença foi lida, fui dada como ilibada, e ele como culpado sentenciado a pagar danos, multas e custos judiciais.

O tipo nem acreditava.
O juiz repetiu.
A minha mãe sibilou yesss! lá atrás, e eu senti-me vazia. Apenas vazia...

É estranha esta merda.
Como se nada daquilo fosse eu ou os outros, ou o cenário surrealista pré-montado.
Eu ali de pé, o outro de igual forma, o som da cassete a gravar querrrc...querrrc… o brilho dos óculos do juiz, a toga preta lustrosa no ar ao passar, os cenhos franzidos, os parabéns da praxe, e eu sempre a pensar quando é que esta merda acaba.
Marcaram para Julho de 2006 o 3ª round, a cessação do contrato nupcial propriamente dito.
E ok lá estaremos, a auto-estrada e eu, risco preto que me acompanha os pensamentos que eu nestas coisas preciso de batalhar sozinha.

Estranha forma de acabar uma relação arrastada 15 anos.

3 comentários:

  1. Ainda há uns 6 meses vendemos uns móveis a um casal que se casou. Agora estou a fazer outros, porque se divorciaram.

    Não comprendo.

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  2. Ao fim de 6 meses tb pode ser estranho.
    Mas é preferivel agora, do que ao fim de 15 anos capisce?

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  3. Era tão bom que tudo se resolvesse sem dramas, sem crises… mas depois deixávamos de ser os complicados do costume! Talvez não fosse mau… mas não teria a mesma piada! ;)

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